terça-feira, 12 de outubro de 2010

Porcos Espinhos - Schopenhauer



Um grupo de porcos-espinhos ia perambulando num dia frio de inverno. Para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Para fazer cessar a dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente a companhia uns dos outros, e o ciclo se repetia, em sua luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o enregelamento.

Quem tinha um grande calor interno preferia ficar afastado do grupo e, com isso, causava e deparava com um mínimo de incômodo.

Essa fábula, usada por Freud em um dado momento de sua obra, nos mostra quanto é difícil lidar com as pessoas. Ao mesmo tempo, nos dá esperança de encontrar um espaço que possa nos aquecer e nos dar a segurança necessária para vivermos.

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