É visível como a área de recursos humanos tem ganhado espaço dentro das organizações e ocupado posições importantes dentro do escopo da gestão, porém até que ponto vão esses ganhos? Ao mesmo tempo que isso acontece, também tem evoluído a intenção e a aderência das empresas às boas práticas de Governança Corporativa, estruturando-se em Conselhos de Administração e Comitês que discutem temas de relevância estratégica para a organização com o objetivo de dar maior transparência e efetividade aos interesses da sociedade (sócios).
De acordo com o ex-diretor de recursos humanos da Editora Abril, e atual conselheiro independente em algumas organizações como o São Luiz, José Wilson Paschoal, acredita que não terá escapatória, as empresas em algum momento deverão tratar recursos humanos em suas pautas nas reuniões de Conselho. Além disso, ele descreve o cenário atual brasileiro, em que há grande expectativa de crescimento para o país e suas organizações, mas essa ascensão é coloca em dúvida quando se pensa se haverá pessoas suficientes para acompanhar esse desenvolvimento. “A crise de talentos já é sentida por várias empresas e só é possível crescer se houver pessoas para produzir isso” Ou seja, virou uma questão de vida ou morte para as organizações. Como não poderá estar na pauta estratégica dos Conselhos?
Para a superintendente geral do IBGC, Heloísa Bedicks, a justificativa para o não debate de temas ligados a RH nos Conselhos é uma questão cultural, “assim como contabilidade, que também está renegado a um segundo plano”, comenta. Já para o conselheiro, coordenador do comitê de RH do IBGC e professor do curso de estratégias de RH para conselheiros do Instituto, Josmar Bignotto, os conselhos de administração no Brasil nasceu de um berço ainda econômico, “ou seja, isso ainda não é prioridade no estágio em que estamos” Além disso, Bignotto também acredita que o tempo designado as reuniões de conselho ainda são muito curtos o que não permite que outros temas sejam tratados.
Fonte: RH CENTRAL
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