terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O SÃO PAULO E A ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS

Primeiramente, não vivo disso e também não sou o dono da verdade, apenas vou pontuar minha opinião de torcedor apaixonado.

O São Paulo desde 2013 dentro ou fora do campo está sempre envolvido em um vexame politico ou esportivo. Gente que fala em nome do clube com total despreparo para o cargo que ocupa; e gente que nem podia falar em nome do clube e fala. Gente que contrata pelo clube sem o menor critério, gente que joga pelo clube sem a menor condição física, ou técnica ou moral(e casos até da falta dos três). O São Paulo hoje tenta reconstruir sua trajetória e corrigir ISSO LEVA TEMPO. O 3o mandado de Juvenal Juvêncio foi uma tragédia politica e financeira para o Clube e sua escolha sucessória mostrou-se ainda pior e todos conhecem o caso Aidar. Caiu no colo do Leco o posto afinal ninguém quis pegar; esta é que é a verdade mas é  outro despreparado esportivamente falando. Deu a Gustavo poderes nos quais ele não tinha preparo para ter e o resultado vimos no ano de 2016. Mas de bom pelo menos parece que fora do campo cercou-se de pessoas melhores na área de marketing e assessorias mas em contrapartida manteve Ataide e outros Diretores de JJ.

Tivemos uma bela vitória com a aprovação no novo Estatuto que só terá efeito se o novo Presidente eleito realmente profissionalizar o clube. Vocês estão prontos para a profissionalização? 

Minha idéia (Minha como Gestor) profissionalizar não é escolher São Paulino para gerir, profissionalizar é escolher gente competente(se for São Paulino melhor) e que dê resultado independente do clube de coração. Tirando o Presidente (obrigatoriamente São Paulino né) precisamos ter as melhores pessoas em cada um de seus papéis dentro do clube. O melhor Gerente Financeiro, o melhor Controller e por ai vai dentro do processo de governança fora do campo e vai para o campo com um ótimo preparador de goleiros, um ótimo preparador físico, e jogadores que tenha qualidade técnica para jogar futebol. O time que torcem pouco importa se o títulos e os resultados administrativos/financeiros vierem.

Mas mal comemoramos o Estatuto e já vem o primeiro erro de gestão. Antecipar receitas relativas aos direitos de transmissão em TV Aberta dos jogos do Brasileirão de 2019. (você leu dois mil e dezenove). Hoje o Conselho Deliberativo analisará a questão em reunião Extraordinária (ou seja, com fórum específico e urgente). Espero que rejeitem o pedido. Porque penso assim.....E SÓ POR ISSO.

Muito se diz sobre as dividas do Clube, mas tudo que vi o Leco e sua Diretoria dizer é que as dividas estavam equacionadas o que não justificaria tal solicitação. Ou faltou dizer algo mais? Antecipar geraria caixa para reforços que politicamente facilitariam a eleição de Leco em Abril? NÃO SEI mas a decisão está na Cartilha "do que não fazer" em um ambiente em que se busca saúde financeira. Falar de fora é fácil mas entendo que o clube tem valores com propostas como Rodrigo Caio que poderiam (melhor já deveriam) ter sido aceitas e que foram recusadas no passado em detrimento de um valor futuro melhor. O Atleta já tem o ápice de propostas para um zagueiro com histórico de lesões. E preciso avaliar melhor e desapegar no quesito vender jovens valores para que a saudê financeira do clube seja restabelecida. Se é preciso pagar a conta vamos utilizar o "Patrimônio"(jogador) do clube para isso.  Daqui a 4 meses o Presidente eleito dependerá de um Comitê para decidir questões como esta. O que se está tentando? Salvar o clube rapidamente das dividas ou obrigações financeiras de curto prazo OU preparar um caminho politico para reeleição? O tempo dirá. Acredito que o Contrato deveria ser discutido pelo Conselho de Administração que será eleito em Abril e ai sim dentro do processo de Governança ser aprovado ou não a antecipação das Receitas. Mas uma decisão Administrativa/Técnica e não Politica se for o caso agora.
Já adiantamos R$ 60 milhóes de reais do Contrato de TV Fechada para o Brasileiro de 2019 e os valores estão segundo a mídia abaixo daqueles conquistados por clubes de menor porte que o São Paulo. Quem fez a proeza? O sempre presente Ataíde, cai a Dilma mas não cai o Ataíde. 
O que recebemos de Receita Extraordinária em 2016 nesta negociação já foi gasto também na contratação de jogadores contraproducentes (outros excelentes nomes como Cueva e Maicon) e no pagamento de dividas, etc. O fato é que voaram 60 milhões de reais e de cara quase fomos rebaixados. Salvos pelo efeito GUM no Fluminense, Oswaldo de Oliveira na galinhada e a coragem de demitir Ricardo Gomes atrasado 30 dias mas foi feito(graças a Deus). Senão seria cabeça a cabeça com o Inter.
Não adianta Estatuto novo com idéias velhas, é preciso Gestão Profissional, modernidade, Governança dos Recursos Financeiros do Clube e principalmente um olhar mais carinhoso para o futebol. São 8 anos sem um titulo de expressão nacional  e 4 de um titulo internacional mediano e 11 de um título Internacional de grande reputação. Perdemos a mão FATO mas podemos acreditar na recuperação do jeito vencedor de fazer. O primeiro passo foi dado, não vamos retroceder com a decisão por SIM no dia de hoje. É o que este São Paulino humildemente pensa.

Saudações Tricolores
Rodrigo Gimenez

A corrupção e seus males

A insatisfação dos brasileiros com a corrupção ficou mais do que evidente nos últimos meses com as manifestações que tomaram conta do país. Embora os protestos tenham tido como estopim o aumento das tarifas do transporte público, a corrupção também foi apontada como um dos principais motivos para levar os manifestantes às ruas.

“Se você compara o Brasil com outros países na avaliação de políticos, se tem uma percepção de corrupção bem mais alta do que a média mundial”, afirma Roberto Abdenur, diretor do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), que lançou neste mês o livro “Corrupção – Entrave ao Desenvolvimento do Brasil”, organizado pelo jornalista Oscar Pillagalo.

Embora a indignação da população aconteça devido à conclusão óbvia de que os recursos desviados deveriam ser utilizados em áreas essenciais como saúde, educação e transporte, muitas vezes não há a consciência de que a prática da corrupção também esconde outras consequências tão sérias quanto esta.

Em entrevista a EXAME.com, Abdenur ajuda a enumerar essas consequências. Confira a seguir 5 efeitos danosos não visíveis da corrupção.

1) Multiplicação dos prejuízos

“Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que cada R$ 1 desviado pela corrupção representa um dano para a economia e para a sociedade de R$ 3”, afirma o diretor do ETCO.

O não recolhimento de impostos e os empregos que deixarão de ser criados, por exemplo, entram nesta conta. Segundo Abdenur, embora não seja possível mensurar exatamente qual é o prejuízo total causado pela corrupção, os fatores multiplicadores não podem ser ignorados.

2) “Contaminação” dos honestos

Outro efeito que pode ser percebido é a “contaminação” de honestos por corruptos. Agentes públicos que antes exerciam suas funções corretamente podem passar a agir pensando em benefício próprio ao perceberem as vantagens que os colegas desonestos obtêm. No mínimo, sentirá um grande desestímulo na profissão.

Se não por ganância, essa “contaminação” também pode acontecer por pressão: muitas vezes os honestos são ameaçados caso não concordem em fazer parte do esquema vigente em sua área. Para o diretor do ETCO, a “vacina” contra esse problema é a adoção de medidas severas de punição.

3) Aumento da ineficiência

O excesso de burocracia também pode fazer parte do ciclo vicioso da corrupção. “A ineficiência alimenta a corrupção e a corrupção alimenta a ineficiência”, diz Abdenur.

O diretor do ETCO dá como exemplo neste caso a figura do despachante, que é um intermediário contratado pelo cidadão diante da dificuldade que ter acesso a um serviço que é público. “Às vezes esses despachantes acabam subornando os servidores públicos para agilizar o serviço. O excesso de burocracia torna o sistema ainda mais oneroso”, afirma.

4) Sensação de impunidade do cidadão

Reduzir a corrupção a zero é quase impossível. “Mesmo em países mais desenvolvidos existe corrupção e, por vezes, ela não é pequena”, afirma Abdenur. O principal problema do Brasil então, na opinião do especialista, é a falta de punição correta para esse tipo de crime. “No Brasil existe um problema sério de impunidade. Nos Estados Unidos, a média para que uma sentença em casos de corrupção saia é de um ano. Já no Brasil, esse tempo é de dez”, afirma.

Segundo ele, a quantidade de recursos permitidos pelo sistema judiciário brasileiro contribui para que casos sejam arrastados até sua prescrição, fazendo com que culpados saiam ilesos de suas acusações. “Isso cria uma cultura de leniência com as transgressões. O cidadão pode pensar: ‘se o político rouba e não acontece nada, então também vou deixar de pagar meus impostos”, diz.

5) Desmoralização das instituições (e da democracia)

Pesquisa realizada pelo Ibope no auge das manifestações de junho já havia apontado que 89% dos entrevistados não se sentiam representados por partidos políticos. No início deste mês, novo levantamento da instituição revelou que a confiança dos brasileiros nas instituições em geral e nos grupos sociais caiu 7 pontos em relação ao ano passado.

“Existe muito descrédito aos políticos e por consequência aos partidos e instituições. O Estado enfrenta uma crise que só será resolvida com a criação de mais pontes de interlocução com a sociedade”, diz Abdenur.

No entanto, o diretor do ETCO acredita que o descrédito nas instituições é muitas vezes exagerado. “Devemos afastar de nós a ideia de que o país é o pior país do mundo”, diz. “O cenário não é tão ruim como as pessoas pensam. O país está melhor que muitos dos nossos vizinhos da América Latina em rankings internacionais de corrupção, por exemplo”.

O diretor do ETCO afirma que o Brasil possui fortes órgãos e instituições de controle como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que tiveram avanços em sua autonomia nos últimos anos.

Fonte: Exame.com
Espero ter sabedoria para orientar vocês dois todos os dias da minha vida. Meus filhos e minha esposa meus tesouros.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Competências profissionais essenciais no século XXI

Estamos vivendo um momento, na história da humanidade, com inúmeros acontecimentos inovadores e simultâneos ao redor do mundo que causam um tremendo impacto na vida dos profissionais de qualquer nacionalidade e região. Temos visto o aumento significativo de profissionais aventureiros, cruzando fronteiras em busca de melhores oportunidades devido às crises econômicas, às catástrofes, às guerrilhas ou simplesmente às novas possibilidades do mercado global. O aumento do numero de estrangeiros trabalhando no Brasil é surpreendente.

Este novo contexto empurra os profissionais para fora de sua "zona de conforto", porque na realidade o risco está justamente em "acomodar" e achar que as coisas são como sempre foram e continuarão sendo. Portanto, nos dias atuais, os profissionais precisam estar em constante movimento e desenvolvendo competências que garantam sua relevância profissional. Gostaria de destacar algumas competências que considero indispensáveis para o profissional deste tempo:

1. Conhecimento tecnológico e de novas tendências - Com a avalanche de novos produtos que têm sido disponibilizados para tornar as empresas cada vez mais inovadoras e eficazes em seus serviços e produtos, é preciso estar literalmente "antenado" para conhecer e utilizar estas novas tecnologias. Não basta, por exemplo, ter experiência de vários anos como garçom, quando se pretende trabalhar em um restaurante que utiliza novas tecnologias na execução dos pedidos dos clientes. Se não souber utilizar as ferramentas disponíveis, fatalmente perderá a vaga para outro profissional mais preparado.

2. Aprendizado contínuo - A empregabilidade dependerá também desta capacidade de se atualizar constantemente e fazer uma gestão consciente do conhecimento. Na Era da Informação, o conhecimento tornou-se absolutamente acessível com inúmeros cursos e graduações online, inclusive com valores mais baixos. Além dos vários cursos gratuitos disponibilizados por instituições sérias, como o SEBRAE e a FVG. Aprender é vital para a sobrevivência no mercado de trabalho. É preciso analisar coerentemente quais são os desafios futuros na caminhada profissional para se antecipar no aprendizado, criando diferenciais competitivos. Aprender novas línguas? Tecnologias? Pós-graduação? Agregar novas competências é fundamental!

3. Relacionamento interpessoal - O ambiente corporativo é composto por pessoas com diferentes culturas familiares, regiões e, cada vez mais, estrangeiros compartilhando os mesmos projetos. A capacidade de se relacionar bem com as pessoas torna o clima organizacional agradável, cria sinergia na equipe e possibilita um ambiente de brainstorming e trocas saudáveis de ideias. O bom relacionamento interpessoal é fruto de uma boa comunicação, postura profissional adequada, integridade, educação e respeito ao próximo. Está diretamente relacionado à atitude pessoal no local de trabalho. As estatísticas mostram que a maioria das pessoas é contratada por suas competências técnicas e demitida por suas competências comportamentais.

4. Visão global - A interatividade possibilitada pela internet está tornando as fronteiras cada vez menos distantes e realmente transformando o mundo em uma "aldeia global". Acontecimentos em países distantes geograficamente possuem um impacto tremendo em outras partes do mundo. O mercado mundial está completamente conectado e integrado fazendo com que alterações econômicas, políticas, sociais ou climáticas tenham influencias além do próprio país. É preciso enxergar mais do que o escritório, cidade ou país para antecipar possíveis mudanças, ameaças ou oportunidades profissionais.

5. Automotivação - O entusiasmo pessoal é fundamental para o desenvolvimento profissional contínuo. O profissional que se mantém motivado de "dentro para fora" possui muito mais comprometimento com sua profissão, pois possui antes de tudo um compromisso pessoal de crescimento e alcance de metas. Nem sempre o ambiente ao redor proporcionará ânimo e motivação aos colaboradores, portanto ser automotivado é um dos primeiros passos para estar acima da mediocridade, acima da média.

6. Equilíbrio emocional - O ambiente profissional está cada vez mais desafiador, com mudanças aceleradas, pressões externas, altamente competitivo e sem a antiga "zona de conforto". Tudo ao redor está em constante transformação e movimento. Não basta ter uma excelente formação acadêmica se o emocional estiver em desequilíbrio, pois é imprescindível manter a calma e saber administrar as emoções para lidar com as pessoas e as decisões. Muitas empresas, no processo seletivo para uma vaga, têm criado simulações de pressão ou tensão para ver a reação dos candidatos. Portanto, no gerenciamento de carreira é preciso focar não apenas na parte intelectual, mas priorizar o bem-estar emocional procurando manter uma boa rotina de lazer, exercícios físicos e alimentação saudável.

7. Inovação - A capacidade de inovar e "pensar fora da caixa" é de fato uma competência muito procurada pelas empresas do século XXI. O profissional que consegue criar novas alternativas no ambiente de trabalho apresenta comprometimento, conhecimento dos processos e habilidade de enxergar soluções. A inovação também é fruto de pessoas que questionam, duvidam, que não se conformam e estão sempre à busca de novos caminhos e possibilidades. Estes profissionais garantem os diferenciais competitivos das empresas e, portanto, são muito valorizados.


Artigo: Dany Novaes - www.rh.com.br

Internet das Coisas: o cenário atual e o que esperar do futuro digital

É indiscutível que a conectividade presente a qualquer hora e em qualquer lugar trouxe muitas inovações que abriram novas oportunidades de negócios, melhoria da qualidade de vida, mais informação e entretenimento para nós, seres humanos.
Mas, e as máquinas? No início, máquinas geravam dados simples, como alarmes sobre aquecimento. Já com o advento da lógica digital e CPUs, esses equipamentos evoluíram e se tornaram mais inteligentes e mais autônomos, mas sempre isoladas no seu domínio de controle local.
Com o advento da conectividade (Wi-Fi, celular, Bluetooth, etc), as máquinas podem transmitir seus dados e informações de operação para outras máquinas, que por sua vez podem ser outros equipamentos que trabalham em conjunto com esta máquina, ou computadores que analisam os dados e tomam decisões de controle, as vezes auxiliadas por interação do ser humano.
Essa primeira etapa foi batizada de comunicação M2M (Machine to Machine), que tomou forma no início do novo século e iniciou uma nova categoria no setor de tecnologia, onde estabeleceram-se padrões e protocolos para garantir a compatibilidade, desenvolvimento e evolução dos sistemas.
Com a evolução dos sensores e barateamento das interfaces analógicas e digitais, além de facilidades de baixo custo para conectividade, qualquer “coisa” que gera ou consome dados se torna viável para transmitir ou receber os mesmos, e, portanto, o termo M2M evoluiu para IoT – ou seja, a Internet das Coisas. Apesar do termo “IoT” ter sido utilizado pela primeira vez em 1999, o universo prático desta tecnologia só tomou forma nos últimos cinco anos.
Para o público em geral, a IoT parece algo distante e que não deve trazer alterações no dia a dia e em sua rotina, já que a impressão que temos é que IoT é algo relacionado a operação das máquinas. Ou seja, que tem pouca relação com o comportamento e os desejos do ser humano. Mas isso é um ledo engano.
Um dos temas principais no IoT World Forum, realizado de 6 a 8 de dezembro em Dubai (Emirados Árabes Unidos), é o de visualizar o objetivo maior de IoT. E a conclusão foi que a IoT vai trazer mais felicidade ao ser humano, por meio da melhoria na qualidade de vida proporcionada por sistemas inteligentes. Como, por exemplo, menos congestionamentos e menos poluição, maior oferta de água potável em países mais necessitados, o aumento do rendimento das plantações de alimentos, diminuição das taxas de defeitos nos aparelhos que nos ajudam no dia a dia, mais segurança nas grandes cidades, maior eficiência e pontualidade nos veículos de transporte de massa, entre muitos outros.
Adicionalmente, a IoT vai gerar gigantescos conjuntos de dados e análises dos mesmos que tem tremendo valor comercial. Por isso, novos modelos de negócio vão surgir. Mas, em que estágio estamos com a IoT? Aqui no IoT World Forum, um dos pontos focais foi analisar os incentivos do mercado para implementação de sistemas de IoT e as estratégias de como chegar lá com sucesso.

Alguns dados sobre a Internet das Coisas podem exemplificar isso (números do próprio evento):
- 58% das empresas do mercado dizem que IoT é estratégico para seu futuro;
- Atualmente o crescimento de sistemas de IoT tem dobrado ano a ano;
- 54% das empresas concordam que a maior oportunidade está em B2B e B2B2C;
- O número de conexões IoT nas fabricas cresce 204% no comparativo ano a no.
Já o crescimento de 2013 para 2015 apresenta os seguintes números (estimados para esse ano):
- Sensores colocados no mercado: 10 bilhões em 2013 e 55 bilhões em 2015;
- Conexões de IoT: 11 bilhões em 2013 e 18 bilhões em 2015;
- Conexões M2M: 43 bilhões em 2013 e 73 bilhões em 2015;
- Empresas participantes em consórcios e associações da IoT: 44 em 2013 e 354 em 2015.

Investimentos:
- Desenvolvedores focados em IoT: 291 mil em 2013, 813 mil em 2015;
- Startups em IoT: 127 em 2013 e 1502 em 2015;
- Investimentos de VC: US$1,1 bilhão em 2013 e US$2 bilhões em 2015.

Oportunidades:
- Receita gerada por IoT: US$548 bilhões em 2013 e US$780 bilhões em 2015;
- Receita de serviços de M2M: US$79 bilhões em 2013 e US$122 bilhões em 2015;
- “Coisas” não conectadas em 2013: 99.25% e em 2015: 98,85%.

A mensagem e previsão para o ano de 2020:
- 50 bilhões de “coisas” conectadas;
- US$11 trilhões de dólares em novos negócios.

Tudo isso gera novas categorias de negócio, cria cidades inteligentes e transforma economias no mundo todo. O que está acontecendo neste momento é que estamos em um universo onde o smartphone é o centro do ecossistema. Mas, em 2020, o ecossistema será de unidades conectadas uma a outra, criando uma transformação digital que vai permitir ver e realizar ações de forma inteligente (chamado de “smart insights”). Estamos indo da fase onde a “inteligência” das máquinas está embutida e isolada, para a fase de conexão e troca de dados entre as mesmas, culminando em sistemas que tomam decisões inteligentes. Em resumo, IoT é inteligência distribuída, interagindo e presente em todo lugar.
Imagine que, segundo Eric Schmidt, CEO do Google, foram gerados 5 Exabytes de informação desde o nascimento da civilização até hoje. Mas, já em 2003, estávamos gerando este volume de dados a cada 2 dias na Internet. Com a IoT, teremos múltiplos de Exabytes sendo gerados, e já podemos imaginar as conclusões que poderemos extrair deste banco de dados para a melhora da vida no planeta.
Sabemos até onde chegaremos com IoT? É difícil imaginar. O próprio Tim Barnes-Lee, o inventor da Internet, disse: “Eu jamais imaginei o que iria ser criado devido a invenção da Internet”. E, se o que veio depois da invenção da Internet, que objetivava um sistema simples de troca de e-mails e documentos, é uma previsão do que vai vir após a definição e padronização de sistemas IoT, teremos que nos preparar para uma revolução nunca vista no universo digital – e que será tratada em nosso próximo artigo.

*Alexandre Hebra é presidente e CEO da Gates LLC. O executivo esteve em Dubai (Emirados Árabes Unidos) para participar do evento “Internet of Things World Forum”, promovido pela Cisco.


Fonte: ComputerWorld

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Vagas de TI na cidade de São Paulo crescem 30%

Cidade de São Paulo concentra 30% das vagas de TI no Brasil

Oportunidades na área de tecnologia crescem três vezes em comparação as demais profissões. Salários no município também superam média nacional

A capital paulista concentra 30% de toda a força de trabalho da área de tecnologia da informação no Brasil. A cidade também se destaca por prover uma remuneração superior à média salarial nacional. A constatação é de um levantamento da empresa de recursos humanos Kelly Services. 
O estudo, realizado entre os anos de 2010 e 2013, mostrou que a cidade registrou um crescimento na oferta de empregos nesse segmento três vezes maior do que a média de todas as profissões.
O estudo apontou que o município de São Paulo ocupava cerca de 90 mil profissionais de TI nos anos pesquisados. A expectativa da consultoria é que esse número salte para algo entre 130 mil e 150 mil até o final de 2015. “A profissão de Engenheiro de TI gerou 48% a mais de vagas no período. Gerente de TI cresceu 29% e Analista de TI 28%”, indica um relatório. 
O documento informa ainda que, em média os paulistanos que trabalham na área recebem um salário de R$ 83 mil, contra R$ 74 mil da média nacional. Os cargos com maior disparidade são: Gerente de TI, que no município ganham um salário médio de R$ 170 mil contra R$ 118 mil no resto do Brasil; e de Engenheiro de TI (R$ 158 mil contra R$ 110 mil). 
Já um Administrador de Sistemas que trabalha na capital paulista recebe, em média, R$ 13 mil a mais por ano do que no restante do País (R$ 79 mil contra R$ 66 mil). A posição com menor diferença é a de Analista de TI. De acordo com o levantamento, este profissional ganha R$ 72 mil por ano, enquanto a média nacional é de R$ 70 mil.
O estudo também mostra que o campo de atuação de TI é bastante amplo, pois identificou dezenas de segmentos que abrigam esses profissionais. A área de Desenvolvimento de Programas lidera a lista com 17%, seguida por Bancos/Finanças e Consultorias de TI. 
17 mil vagas abertas
O ano de 2015 começou repleto de oportunidades para quem quer trabalhar com tecnologia da informação. A Catho, site de recrutamento, atualmente contabiliza cerca de 17,3 mil vagas para profissionais de TI em aberto
A maior parte das ofertas ativas é para programadores (4,1 mil), seguido de analista de suporte (2,8 mil), analista de sistemas (643), técnico em informática (599) e analista de testes (294). 
Fonte: http://computerworld.com.br/ 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

2014, o ano da consolidação do Big Data

No ano em que o Brasil sedia a Copa do Mundo é esperado que Terceira Plataforma de Computação, pós mainframe e PCs, ganhe um grande impulso no País. Analistas de mercado e indústrias preveem que esse tema consumirá boa parte da agenda dos CIOs e fornecedores de TI no Brasil em 2014 pela pressão que as companhias estão enfrentando para ganhos de eficiência operacional e transformação dos negócios.
O setor espera investimentos maiores em projetos baseados nos quatro pilares desse conceito, que são cloud computing, mobilidade, Big Data e social business. Ao mesmo tempo, a disseminação dessas megatendências traz desafios para o Brasil. Entre os quais a necessidade de ampliação das redes de banda larga com conexões mais baratas, redução dos custos de data center, capacitação de mão de obra especializada e definição de questões regulatórias como na área de segurança.
A expectativa do mercado é que alguns desses entraves sejam resolvidos no próximo ano, quando o Brasil estará no centro das atenções do mundo por ser sede da Copa do Mundo e também por causa de outros eventos. Em 2014, o País terá duas eleições e em 2016 será o anfitrião das Olimpíadas, o que obrigará investimentos em novas tecnologias e infraestrutura para processamento.
Big Data em busca de seu espaço
Entre os quatro pilares da Terceira Plataforma o que está menos desenvolvimento no Brasil é o Big Data, por ainda ser um conceito novo. A sua proposta é ajudar as companhias a lidar com grandes volumes de dados, coletando informações em tempo real de redes sociais ou transações de negócios para tomada de decisão com mais assertividade. 
Porém, o conceito gerou confusão no mercado sobre o que são ferramentas analíticas de dados e analistas do Gartner acreditam que esse ruído vai atrasar o crescimento dos negócios nessa área e retardar os projetos de Big Data. O alerta é de João Tapadinhas, diretor de Business Intelligence do Gartner.
Tapadinhas afirma que há uma dificuldade por parte das empresas em entenderem sobre o uso correto das ferramentas analíticas, o que faz com o processo de decisão de compra se torne mais lento. Esse problema já existia antes da propagação do conceito de Big Data, segundo o analista do Gartner. “Muitas companhias fizeram investimentos em BI analítico e não tiveram o retorno esperado”. 
Como resultado disso, os negócios nessa área, que haviam registrado crescimento de 17% em 2011, fecharam com queda de 7% em 2012. Tapadinhas espera que as vendas de ferramentas analíticas voltem a crescer, chegando a patamares de 10% até 2016.
A indústria tem parcela de culpa pela confusão gerada no mundo das tecnologias de inteligência de dados. Mas o analista do Gartner percebe um esforço delas em tentar orientar o mercado. “Em 2015, a maioria dos fornecedores de ferramentas analíticas terá ofertas diferenciadas”, acredita Tapadinhas.
O presidente da Teradata Brasil, Sérgio Farina, confirma que muitas companhias ainda estão tentando entender como extrair valor do Big Data. “Estamos ainda em momento de laboratório”, diz, indicando que setores como varejo e telecom estão entre os segmentos interessados em se apoiar em ferramentas para análises de dados.
“Em 2013, percebemos que o mercado estava aberto a ouvir falar sobre Big Data no Brasil”, conta Ana Claudia Oliveira, gerente de vendas para América Latina da Pivotal, unidade de negócios da EMC. Ela acredita que 2014 será o ano em que as iniciativas vão se transformar em projetos reais. Seu argumento é de que as implementações são complexas, envolvendo mudança de processos, procedimentos, preparação do ambiente e também a capacitação de mão de obra. O cientista de dados é um talento escasso no Brasil.
Tendências para 2014, no mundo
A confusão à volta da  ideia de  Big Data vai restringir os gastos em BI e software de análise de dados levando o crescimento para um ritmo de apenas um dígito nos próximos dois anos, de acordo com o Gartner. No entanto, o enfoque dos CIOs em BI parece destinado a continuar diz a consultora.
“A medida que o custo de aquisição, de armazenamento e de gestão de dados continuar a cair, as empresas começarão a descobrir os efeitos práticos da aplicação de BI e análise de dados em um conjunto muito maior de situações“, afirma o vice-presidente do Gartner, Ian Bertram. Mas, apesar do forte interesse em BI e análise de dados, a confusão em torno da ideia de Big Data continuará inibindo os gastos com BI e software de análise.
Até 2016, os prestadores de serviços deverão concretizar negócios fechando a lacuna entre tecnologia de Big Data e os modelos de negócio. Com o amadurecimento crescente do conceito e a disponibilidade de novos produtos, as análise de Big Data vão se tornar mais relevantes, vulgares e, em última análise , extremamente perturbadoras.
Pesquisas recentes do Gartner mostram que apenas 30% das organizações têm investido em Big Data , dos quais apenas um quarto (oito por cento do total) o fizeram já em modo de produção . No entanto, alguns confusão e incerteza sobre a complexidade dos sistemas fizeram os ciclos de encomendas desacelerarem, enquanto os gestores do orçamento tentavam conjugar os melhores modelos de negócio com a ferramenta certa.
A análise de dados continuará a permanecer na vanguarda para os CIO, e os prestadores de serviços tentarão sedimentar grande parte da confusão. As diferença deixarão de existir completamente quando os serviços forem comercializados como produtos.
Além disso, haverá uma confluência de ciclos de maturação de tecnologia, previsto para 2016.
Na opinião da Information Builders, sete tendências vão marcar o universo dos dados já em 2014. 
São as seguintes:
1. O conceito Big Data perderá destaque
O termo Big Data não repercutirá tanto como nestes últimos anos, embora, evidentemente, os volumes de dados continuem a crescer. Até o fim de 2014 voltaremos a chamar o Big Data de dados históricos, ainda que continuemos a nadar em oceanos de informação. Ou seja, o crescimento dos dados continuará a ser um grande problema ou uma grande oportunidade, conforme seja encarado.


2. O ano das aplicações
Haverá um aumento significativo no uso de aplicações analíticas em comparação com o emprego de ferramentas tradicionais de análise de informação. Mas não serão as “aplicações analíticas” que os fabricantes desenvolvem e que trazem consigo modelos de dados padrão e pacotes de criação de relatórios universais.


Os analistas preveem o surgimento de aplicações como as que temos nos nossos smartphones: leves, interativas, orientadas para o negócio, fáceis de usar sem necessidade de formação especial. Aplicações dirigidas aos usuários finais em todas as áreas de negócio. Se forem obtidos resultados satisfatórios neste campo a partir de um ponto de vista de velocidade e flexibilidade, a sorte estará lançada para as ferramentas analíticas tradicionais, cada vez mais difíceis de justificar.
3. O advento das máquinas
Muitos especialistas que discutem sobre Big Data centram-se em dados desestruturados, criados pelos seres humanos, como os provenientes das redes sociais. Continuaremos a observar uma ênfase neste campo embora, já em 2014, comecem a ganhar mais relevância os dados criados pelas máquinas (incluindo os provenientes da Internet das Coisas), que crescerão mais rápido do que qualquer outra fonte de Big Data utilizada para fins analíticos. Esta realidade será especialmente evidente nos setores da indústria de manufatura e na área da saúde.


4. Gestor de dados será o próximo posto de trabalho em evidência
O cargo de “Data Scientist” (cientista de dados) deu o que falar em 2013 mas, tendo em conta que os volumes de dados continuarão a crescer no seio das empresas, a tendência é uma maior ênfase à gestão e supervisão da informação e não apenas à parte científica. Como consequência, emergirão novos postos de trabalho como o de “Data Steward” (gestor de dados) que, em última instância, não deixa de ser um profissional com perfil comercial que entenda os dados e saiba como qualificá-los no decurso de um projeto.


5. A ascensão da “data discovery” de dados integrados
As ferramentas de “data discovery” têm conquistado um êxito relevante na indústria durante os últimos anos, o que tem trazido consideráveis benefícios aos fornecedores deste tipo de tecnologia. Contudo, existe cada vez mais frustração entre os usuários de ferramentas estanques de “data discovery”. Muitos deles desconhecem como manipular os dados para obter os resultados esperados.


Em numerosas ocasiões, tem acontecido de os dados não serem provenientes do sistema adequado, conterem erros ou não se encontrarem no formato adequado para a sua integração com outros dados. Para evitar estes tipos de situações, os fornecedores deverão ser capazes de integrar os dados de confiança dos seus clientes com os programas de visualização existentes.
6. A qualidade dos dados, um problema em crescimento
O número de incidências em matéria de integridade da informação aumentará de forma significativa, especialmente no que se refere à análise de Big Data. Tendo em conta que cada vez mais organizações estão tomando as suas decisões estratégicas com base em dados puros, este problema tende a aumentar. Em 2014, o foco sobre a qualidade dos dados vai intensificar-se de maneira notável.


7. Convergência analítica
A convergência da análise preditiva, a “data discovery”, os sistemas de informação geográfica (SIGs) e outras soluções de Analytics comandarão a nova era da automatização analítica através da aprendizagem automática, o ETL inteligente e outros processos automatizados. Diferentes tecnologias estão voltando-se para a mesma direção, mas devem destacar-se dois exemplos.


Em primeiro lugar, os analistas estão deparando-se com a existência de grandes volumes de dados, inúteis em si mesmos e estão se vendo obrigados a extrair os subconjuntos mais relevantes para poder desenvolver algum tipo de análise. Graças à convergência da análise estatística com as funcionalidades de ETL e extração de dados, os analistas poderão fazer uso da precisão da análise preditiva para discernir quais conjuntos de dados devem extrair.
Por outro lado, as tecnologias de aprendizagem automática estão reunindo grandes conjuntos de dados e situando-os em grupos pré-agregados para que os cientistas de dados tenham a possibilidade de analisá-los de forma mais perfeita e rápida.

    quinta-feira, 21 de novembro de 2013

    Uso indevido da internet pode levar à demissão por justa causa

    Trocar ideias e fotos com os amigos no Facebook, ficar horas teclando em sites de bate papo e até mesmo dar umas espiadas em sites pornográficos, devem ficar atentas, já que a prática pode provocar uma demissão por justa causa e a perda dos direitos trabalhistas, como o seguro desemprego, aviso prévio e o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.

    Na Justiça do Trabalho, o número de demissões por justa causa devido ao uso inadequado das ferramentas digitais no ambiente corporativo vem aumentando significativamente. Segundo o advogado trabalhista da IOB Folhamatic EBS, empresa do Grupo Sage, Glauco Marchezin, está é uma tendência que acompanha o índice de crescimento das ofertas no mercado de trabalho. "No Brasil, há mais gente trabalhando com carteira assinada. Muitos não têm experiência no trabalho formal, desconhecem a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT e o próprio contrato de trabalho. Por isso, acham normal ficar horas na internet da empresa resolvendo casos pessoais".
    Para evitar esse tipo de problema, em muitas empresas, o uso da internet é controlado. Além disso, grande parte das empresas possui regras de condutas que regulamentam o uso da rede. Entretanto, não são poucos os empregados que acabam negligenciando essas informações. É com base no artigo 482 da CLT que todo empregador tem o direito de demitir o empregado por justa causa, caso este venha a cometer qualquer ato de indisciplina ou insubordinação: "Vale ressaltar que a desobediência a uma ordem específica, verbal ou escrita, constitui ato típico de insubordinação, de indisciplina. Entretanto, o uso constante da internet no ambiente de trabalho para questões pessoais é um tipo de falta considerado leve. Por isso, a maioria dos empregadores não demite por justa causa num primeiro momento. Sendo assim, aplicam advertências oral e por escrito, e até mesmo suspensão. Contudo, em caso de reincidência, a justa causa pode ser perfeitamente aplicada", orienta Glauco.
    Na opinião do especialista do Grupo Sage, outro fato que pode contribuir para a justa causa é a redução da produtividade do empregado. "O funcionário que utiliza a internet do computador da empresa para questões pessoais está lesando o empregador que paga seu salário para que produza para a empresa. A situação piora ainda mais nos casos de acesso a sites pornográficos. Nesse caso, o empregador pode enquadrar o empregado em incontinência de conduta, que é um desvio de comportamento ligado à sexualidade".
    FONTE: De León Comunicações





    Mindset, o nosso maior inimigo ou um deles...


    Os americanos adotam a terminologia "Mindset" para representar o modo dominante como vemos, compreendemos e julgamos as coisas à nossa volta, o que por sua vez norteia as nossas ações no dia a dia profissional, pessoal e também o mundo dos negócios. Este termo, numa tradução coloquial e livre, significa: modelo mental predominante, forma institucionalizada de enxergarmos as coisas ou também paradigma pessoal ou empresarial.
    Entendo que outro grande desafio da maioria das empresas que buscam melhores resultados é também mudar o "mindset" existente, ou seja, apoiar as pessoas a pensarem de forma diferente e reverem aquilo que elas têm feito, facilitando o difícil caminho de pensar "fora da caixa" ou pelo menos cogitar ideias diferentes e que podem ajudar na superação de desafios, algo que acaba sendo abafado com o passar dos anos e convivência numa mesma profissão, atividade ou meio empresarial.
    Uma forma clara de identificar o quanto um determinado "mindset" pode estar ajudando ou prejudicando um determinado negócio, é prestar muita atenção naquilo que as pessoas afirmam no dia a dia, o quanto elas defendem certas ideias no desenvolvimento de projetos, criação de produtos/soluções, resolução de problemas, estabelecimento de diretrizes ou até mesmo em reuniões cotidianas da empresa e o quanto tudo isto impacta em colaboração, sinergia, motivação e criatividade ou emperra, negativa e colabora para desconectar pessoas e impedir o desenvolvimento de relacionamentos profissionais sadios e produtivos.
    Outro fator também bastante preocupante e que tem a ver com a máxima de princípios de liderança (influência e modelagem de comportamentos), é o quanto os líderes de uma empresa estão incentivando ou reforçando um determinado "mindset", fazendo isto principalmente através de suas orientações e afirmações ou, tristemente, da defesa intransigente de posicionamentos questionáveis. Líderes com um "mindset" negativo ou pessimista pode colocar um negócio, uma empresa e todo um time a perder, e diante disto não há estratégia, investimento ou recursos que possam reverter resultados ruins que são alimentados diariamente por um "mindset" negativo.
    Ao refletir sobre este tema, eu chego a estar convicto de que o grande problema de muitos negócios atualmente não está na concorrência acirrada e muitas vezes desleal, na falta de capital ou investimento, nas estratégias adotadas, na gestão dos recursos disponíveis, na forma como as ações são executadas ou até mesmo sobre como uma equipe é gerida, hoje o grande problema das empresas é desafiar o "mindset" predominante, principalmente quando faz parte de um quadro patológico, o que em última instância dirige pessoas, mentes e corações.
    Penso que neste assunto, todos os líderes de empresa e as equipes que fazem parte de um negócio precisam aprender a reaprender, precisam se esforçar a desconstruir paradigmas - muitas vezes criados e reforçados por eles mesmos, precisam adotar ações eficazes que ajudem todos a pensar diferente e com isto encontrar novos e melhores caminhos e soluções além daquelas que o "mindset" predominante diz ser possível.
    Existem inúmeras perdas que podem ser citadas quando a empresa e seus líderes estão tomados por uma forma de pensar e agir inadequada, entre elas, gostaria de ressaltar: a perda de talentos, a disseminação de uma cultura de medo e cinismo, o bloqueio da criatividade, o aumento do estresse e a pressão no desenvolvimento de atividades corriqueiras e principalmente a falta de confiança.
    Os maiores inimigos de um negócio não estão fora dos muros da empresa, os maiores inimigos estão dentro da própria empresa, o que podemos chamar de "inimigos internos" que nascem, crescem e se alimentam dia a dia do "mindset" predominante, que quando negativo, impede o crescimento de negócios, mata sonhos e destrói projetos. 

    Como cita o escritor e consultor Roberto Shinyashiki: Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores. Desafie o "mindset" predominante do seu negócio e você vai ser surpreendido com os resultados positivos!


    Fonte: rh.com.br

    quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

    Carta a meus pais e avós

    Texto de Autoria de: Tarso Firace

    Carta a meus pais e avós, e a todos os pais e avós e assim por diante, meus e de meus amigos e amigas;

    Queridos pais e avós e assim por diante.

    Vou chamá-los apenas de pais e avós.

    Sei que muito de cada um de nós está em vocês.

    Dou-me conta de que todos vocês estão em mim. Mesmo que tenham vivido em outras épocas, com ideias e idiomas diferentes, outro sexo, mesmo assim. Todos vocês são um em mim. Vocês são a janela de possibilidade por onde eu pude vir. Venho da multiplicação amorosa de vocês.

    Mesmo que estejamos em mundos distantes, vocês estão no meu mundo. Minha pele é a mistura da pele de vocês. Meu corpo, minhas características físicas todas advém de vocês.

    Sou a extensão viva de vocês, fazendo a experiência de viver como sendo eu mesmo.

    A relação entre vocês, seja lá como tenha sido, constitui a minha capacidade de relacionar-me. Seus desejos rondam os meus. Suas crenças contornam as minhas. Suas mágoas ressentem-se nas minhas. Sinto em mim o desejo de realizar o que vocês não puderam.

    Mais do que prolongação de vocês, sou a chance de ir além.

    A oportunidade de expandir o amor e a verdade em nossa família, e avançar o nosso destino comum.

    Por essa razão, terminar um projeto é para mim, é como concluir, de alguma forma, o projeto de vocês. 

    Superar uma mágoa ou um trauma é curar a nossa vida. Isso me dá muita força para seguir e conseguir (seguir com). Sinto que ao realizar-me, atenuo, ao menos um pouco, o peso das frustrações e fracassos acumulados em nós.

    Queridos pais e avós,

    Sou o amalgama vivo de todos vocês.

    Mas somente fazendo uma vida com a minha cara, é que posso honrar a vida de vocês. Permitam-me experimentar outras harmonias e ritmos que não são os seus, trilhar outros caminhos, ultrapassar o conhecido por vocês. Se me arrisco mais, me exponho mais, se tomo outra rota, se uso outros acordes, saibam que essa minha sonoridade irá se somar à de vocês na grande música do universo.

    Se eu puder amar com toda força a vida que faço, poderei de algum modo, liberar o amor que não pode ser amado na vida de vocês. Se puder ser útil nessa vida, e produzir algo bom, novo e sincero, poderei fazer isso por todos nós.

    Sinto que cada célula do meu corpo canta em agradecimento à vida. Porém, se não puder colocar a mim e aos meus filhos na correnteza da evolução, ficaremos todos à deriva nos redemoinhos dos ressentimentos, e do pequeno amor.

    Para isso preciso da benção de vocês. Para nos colocar nesse fluxo inteiro indivisível. Preciso da essência de vocês, para que meus filhos conheçam a própria essência.
    Somente por vocês tenho acesso ao primeiro homem. E só quando este passar por todos é que poderemos acessar o último.

    Que maravilhosa simetria!: o homem se vendo na vida, e a vida se refletindo no homem.
    Saibam queridos avós, que vocês tem um cantinho aqui comigo. Fico por aqui mais um tempo, até me reunir com vocês mais tarde. Quando todos juntos seremos o rosto vivo da imensa vida. 

    Obrigado, um beijão.