Os americanos adotam a
terminologia "Mindset" para representar o modo dominante como vemos,
compreendemos e julgamos as coisas à nossa volta, o que por sua vez norteia as
nossas ações no dia a dia profissional, pessoal e também o mundo dos negócios.
Este termo, numa tradução coloquial e livre, significa: modelo mental
predominante, forma institucionalizada de enxergarmos as coisas ou também
paradigma pessoal ou empresarial.
Entendo que outro grande
desafio da maioria das empresas que buscam melhores resultados é também mudar o
"mindset" existente, ou seja, apoiar as pessoas a pensarem de forma
diferente e reverem aquilo que elas têm feito, facilitando o difícil caminho de
pensar "fora da caixa" ou pelo menos cogitar ideias diferentes e que
podem ajudar na superação de desafios, algo que acaba sendo abafado com o
passar dos anos e convivência numa mesma profissão, atividade ou meio
empresarial.
Uma forma clara de
identificar o quanto um determinado "mindset" pode estar ajudando ou
prejudicando um determinado negócio, é prestar muita atenção naquilo que as
pessoas afirmam no dia a dia, o quanto elas defendem certas ideias no
desenvolvimento de projetos, criação de produtos/soluções, resolução de
problemas, estabelecimento de diretrizes ou até mesmo em reuniões cotidianas da
empresa e o quanto tudo isto impacta em colaboração, sinergia, motivação e
criatividade ou emperra, negativa e colabora para desconectar pessoas e impedir
o desenvolvimento de relacionamentos profissionais sadios e produtivos.
Outro fator também bastante
preocupante e que tem a ver com a máxima de princípios de liderança (influência
e modelagem de comportamentos), é o quanto os líderes de uma empresa estão
incentivando ou reforçando um determinado "mindset", fazendo isto
principalmente através de suas orientações e afirmações ou, tristemente, da
defesa intransigente de posicionamentos questionáveis. Líderes com um
"mindset" negativo ou pessimista pode colocar um negócio, uma empresa
e todo um time a perder, e diante disto não há estratégia, investimento ou
recursos que possam reverter resultados ruins que são alimentados diariamente
por um "mindset" negativo.
Ao refletir sobre este tema,
eu chego a estar convicto de que o grande problema de muitos negócios
atualmente não está na concorrência acirrada e muitas vezes desleal, na falta
de capital ou investimento, nas estratégias adotadas, na gestão dos recursos
disponíveis, na forma como as ações são executadas ou até mesmo sobre como uma
equipe é gerida, hoje o grande problema das empresas é desafiar o
"mindset" predominante, principalmente quando faz parte de um quadro
patológico, o que em última instância dirige pessoas, mentes e corações.
Penso que neste assunto, todos
os líderes de empresa e as equipes que fazem parte de um negócio precisam
aprender a reaprender, precisam se esforçar a desconstruir paradigmas - muitas
vezes criados e reforçados por eles mesmos, precisam adotar ações eficazes que
ajudem todos a pensar diferente e com isto encontrar novos e melhores caminhos
e soluções além daquelas que o "mindset" predominante diz ser
possível.
Existem inúmeras perdas que
podem ser citadas quando a empresa e seus líderes estão tomados por uma forma
de pensar e agir inadequada, entre elas, gostaria de ressaltar: a perda de
talentos, a disseminação de uma cultura de medo e cinismo, o bloqueio da
criatividade, o aumento do estresse e a pressão no desenvolvimento de
atividades corriqueiras e principalmente a falta de confiança.
Os maiores inimigos de um
negócio não estão fora dos muros da empresa, os maiores inimigos estão dentro
da própria empresa, o que podemos chamar de "inimigos internos" que
nascem, crescem e se alimentam dia a dia do "mindset" predominante,
que quando negativo, impede o crescimento de negócios, mata sonhos e destrói
projetos.
Como cita o escritor e consultor Roberto Shinyashiki: Vencer não é competir com
o outro. É derrotar seus inimigos interiores. Desafie o "mindset"
predominante do seu negócio e você vai ser surpreendido com os resultados
positivos!
Fonte: rh.com.br
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