sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Competências profissionais essenciais no século XXI

Estamos vivendo um momento, na história da humanidade, com inúmeros acontecimentos inovadores e simultâneos ao redor do mundo que causam um tremendo impacto na vida dos profissionais de qualquer nacionalidade e região. Temos visto o aumento significativo de profissionais aventureiros, cruzando fronteiras em busca de melhores oportunidades devido às crises econômicas, às catástrofes, às guerrilhas ou simplesmente às novas possibilidades do mercado global. O aumento do numero de estrangeiros trabalhando no Brasil é surpreendente.

Este novo contexto empurra os profissionais para fora de sua "zona de conforto", porque na realidade o risco está justamente em "acomodar" e achar que as coisas são como sempre foram e continuarão sendo. Portanto, nos dias atuais, os profissionais precisam estar em constante movimento e desenvolvendo competências que garantam sua relevância profissional. Gostaria de destacar algumas competências que considero indispensáveis para o profissional deste tempo:

1. Conhecimento tecnológico e de novas tendências - Com a avalanche de novos produtos que têm sido disponibilizados para tornar as empresas cada vez mais inovadoras e eficazes em seus serviços e produtos, é preciso estar literalmente "antenado" para conhecer e utilizar estas novas tecnologias. Não basta, por exemplo, ter experiência de vários anos como garçom, quando se pretende trabalhar em um restaurante que utiliza novas tecnologias na execução dos pedidos dos clientes. Se não souber utilizar as ferramentas disponíveis, fatalmente perderá a vaga para outro profissional mais preparado.

2. Aprendizado contínuo - A empregabilidade dependerá também desta capacidade de se atualizar constantemente e fazer uma gestão consciente do conhecimento. Na Era da Informação, o conhecimento tornou-se absolutamente acessível com inúmeros cursos e graduações online, inclusive com valores mais baixos. Além dos vários cursos gratuitos disponibilizados por instituições sérias, como o SEBRAE e a FVG. Aprender é vital para a sobrevivência no mercado de trabalho. É preciso analisar coerentemente quais são os desafios futuros na caminhada profissional para se antecipar no aprendizado, criando diferenciais competitivos. Aprender novas línguas? Tecnologias? Pós-graduação? Agregar novas competências é fundamental!

3. Relacionamento interpessoal - O ambiente corporativo é composto por pessoas com diferentes culturas familiares, regiões e, cada vez mais, estrangeiros compartilhando os mesmos projetos. A capacidade de se relacionar bem com as pessoas torna o clima organizacional agradável, cria sinergia na equipe e possibilita um ambiente de brainstorming e trocas saudáveis de ideias. O bom relacionamento interpessoal é fruto de uma boa comunicação, postura profissional adequada, integridade, educação e respeito ao próximo. Está diretamente relacionado à atitude pessoal no local de trabalho. As estatísticas mostram que a maioria das pessoas é contratada por suas competências técnicas e demitida por suas competências comportamentais.

4. Visão global - A interatividade possibilitada pela internet está tornando as fronteiras cada vez menos distantes e realmente transformando o mundo em uma "aldeia global". Acontecimentos em países distantes geograficamente possuem um impacto tremendo em outras partes do mundo. O mercado mundial está completamente conectado e integrado fazendo com que alterações econômicas, políticas, sociais ou climáticas tenham influencias além do próprio país. É preciso enxergar mais do que o escritório, cidade ou país para antecipar possíveis mudanças, ameaças ou oportunidades profissionais.

5. Automotivação - O entusiasmo pessoal é fundamental para o desenvolvimento profissional contínuo. O profissional que se mantém motivado de "dentro para fora" possui muito mais comprometimento com sua profissão, pois possui antes de tudo um compromisso pessoal de crescimento e alcance de metas. Nem sempre o ambiente ao redor proporcionará ânimo e motivação aos colaboradores, portanto ser automotivado é um dos primeiros passos para estar acima da mediocridade, acima da média.

6. Equilíbrio emocional - O ambiente profissional está cada vez mais desafiador, com mudanças aceleradas, pressões externas, altamente competitivo e sem a antiga "zona de conforto". Tudo ao redor está em constante transformação e movimento. Não basta ter uma excelente formação acadêmica se o emocional estiver em desequilíbrio, pois é imprescindível manter a calma e saber administrar as emoções para lidar com as pessoas e as decisões. Muitas empresas, no processo seletivo para uma vaga, têm criado simulações de pressão ou tensão para ver a reação dos candidatos. Portanto, no gerenciamento de carreira é preciso focar não apenas na parte intelectual, mas priorizar o bem-estar emocional procurando manter uma boa rotina de lazer, exercícios físicos e alimentação saudável.

7. Inovação - A capacidade de inovar e "pensar fora da caixa" é de fato uma competência muito procurada pelas empresas do século XXI. O profissional que consegue criar novas alternativas no ambiente de trabalho apresenta comprometimento, conhecimento dos processos e habilidade de enxergar soluções. A inovação também é fruto de pessoas que questionam, duvidam, que não se conformam e estão sempre à busca de novos caminhos e possibilidades. Estes profissionais garantem os diferenciais competitivos das empresas e, portanto, são muito valorizados.


Artigo: Dany Novaes - www.rh.com.br

Internet das Coisas: o cenário atual e o que esperar do futuro digital

É indiscutível que a conectividade presente a qualquer hora e em qualquer lugar trouxe muitas inovações que abriram novas oportunidades de negócios, melhoria da qualidade de vida, mais informação e entretenimento para nós, seres humanos.
Mas, e as máquinas? No início, máquinas geravam dados simples, como alarmes sobre aquecimento. Já com o advento da lógica digital e CPUs, esses equipamentos evoluíram e se tornaram mais inteligentes e mais autônomos, mas sempre isoladas no seu domínio de controle local.
Com o advento da conectividade (Wi-Fi, celular, Bluetooth, etc), as máquinas podem transmitir seus dados e informações de operação para outras máquinas, que por sua vez podem ser outros equipamentos que trabalham em conjunto com esta máquina, ou computadores que analisam os dados e tomam decisões de controle, as vezes auxiliadas por interação do ser humano.
Essa primeira etapa foi batizada de comunicação M2M (Machine to Machine), que tomou forma no início do novo século e iniciou uma nova categoria no setor de tecnologia, onde estabeleceram-se padrões e protocolos para garantir a compatibilidade, desenvolvimento e evolução dos sistemas.
Com a evolução dos sensores e barateamento das interfaces analógicas e digitais, além de facilidades de baixo custo para conectividade, qualquer “coisa” que gera ou consome dados se torna viável para transmitir ou receber os mesmos, e, portanto, o termo M2M evoluiu para IoT – ou seja, a Internet das Coisas. Apesar do termo “IoT” ter sido utilizado pela primeira vez em 1999, o universo prático desta tecnologia só tomou forma nos últimos cinco anos.
Para o público em geral, a IoT parece algo distante e que não deve trazer alterações no dia a dia e em sua rotina, já que a impressão que temos é que IoT é algo relacionado a operação das máquinas. Ou seja, que tem pouca relação com o comportamento e os desejos do ser humano. Mas isso é um ledo engano.
Um dos temas principais no IoT World Forum, realizado de 6 a 8 de dezembro em Dubai (Emirados Árabes Unidos), é o de visualizar o objetivo maior de IoT. E a conclusão foi que a IoT vai trazer mais felicidade ao ser humano, por meio da melhoria na qualidade de vida proporcionada por sistemas inteligentes. Como, por exemplo, menos congestionamentos e menos poluição, maior oferta de água potável em países mais necessitados, o aumento do rendimento das plantações de alimentos, diminuição das taxas de defeitos nos aparelhos que nos ajudam no dia a dia, mais segurança nas grandes cidades, maior eficiência e pontualidade nos veículos de transporte de massa, entre muitos outros.
Adicionalmente, a IoT vai gerar gigantescos conjuntos de dados e análises dos mesmos que tem tremendo valor comercial. Por isso, novos modelos de negócio vão surgir. Mas, em que estágio estamos com a IoT? Aqui no IoT World Forum, um dos pontos focais foi analisar os incentivos do mercado para implementação de sistemas de IoT e as estratégias de como chegar lá com sucesso.

Alguns dados sobre a Internet das Coisas podem exemplificar isso (números do próprio evento):
- 58% das empresas do mercado dizem que IoT é estratégico para seu futuro;
- Atualmente o crescimento de sistemas de IoT tem dobrado ano a ano;
- 54% das empresas concordam que a maior oportunidade está em B2B e B2B2C;
- O número de conexões IoT nas fabricas cresce 204% no comparativo ano a no.
Já o crescimento de 2013 para 2015 apresenta os seguintes números (estimados para esse ano):
- Sensores colocados no mercado: 10 bilhões em 2013 e 55 bilhões em 2015;
- Conexões de IoT: 11 bilhões em 2013 e 18 bilhões em 2015;
- Conexões M2M: 43 bilhões em 2013 e 73 bilhões em 2015;
- Empresas participantes em consórcios e associações da IoT: 44 em 2013 e 354 em 2015.

Investimentos:
- Desenvolvedores focados em IoT: 291 mil em 2013, 813 mil em 2015;
- Startups em IoT: 127 em 2013 e 1502 em 2015;
- Investimentos de VC: US$1,1 bilhão em 2013 e US$2 bilhões em 2015.

Oportunidades:
- Receita gerada por IoT: US$548 bilhões em 2013 e US$780 bilhões em 2015;
- Receita de serviços de M2M: US$79 bilhões em 2013 e US$122 bilhões em 2015;
- “Coisas” não conectadas em 2013: 99.25% e em 2015: 98,85%.

A mensagem e previsão para o ano de 2020:
- 50 bilhões de “coisas” conectadas;
- US$11 trilhões de dólares em novos negócios.

Tudo isso gera novas categorias de negócio, cria cidades inteligentes e transforma economias no mundo todo. O que está acontecendo neste momento é que estamos em um universo onde o smartphone é o centro do ecossistema. Mas, em 2020, o ecossistema será de unidades conectadas uma a outra, criando uma transformação digital que vai permitir ver e realizar ações de forma inteligente (chamado de “smart insights”). Estamos indo da fase onde a “inteligência” das máquinas está embutida e isolada, para a fase de conexão e troca de dados entre as mesmas, culminando em sistemas que tomam decisões inteligentes. Em resumo, IoT é inteligência distribuída, interagindo e presente em todo lugar.
Imagine que, segundo Eric Schmidt, CEO do Google, foram gerados 5 Exabytes de informação desde o nascimento da civilização até hoje. Mas, já em 2003, estávamos gerando este volume de dados a cada 2 dias na Internet. Com a IoT, teremos múltiplos de Exabytes sendo gerados, e já podemos imaginar as conclusões que poderemos extrair deste banco de dados para a melhora da vida no planeta.
Sabemos até onde chegaremos com IoT? É difícil imaginar. O próprio Tim Barnes-Lee, o inventor da Internet, disse: “Eu jamais imaginei o que iria ser criado devido a invenção da Internet”. E, se o que veio depois da invenção da Internet, que objetivava um sistema simples de troca de e-mails e documentos, é uma previsão do que vai vir após a definição e padronização de sistemas IoT, teremos que nos preparar para uma revolução nunca vista no universo digital – e que será tratada em nosso próximo artigo.

*Alexandre Hebra é presidente e CEO da Gates LLC. O executivo esteve em Dubai (Emirados Árabes Unidos) para participar do evento “Internet of Things World Forum”, promovido pela Cisco.


Fonte: ComputerWorld

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Vagas de TI na cidade de São Paulo crescem 30%

Cidade de São Paulo concentra 30% das vagas de TI no Brasil

Oportunidades na área de tecnologia crescem três vezes em comparação as demais profissões. Salários no município também superam média nacional

A capital paulista concentra 30% de toda a força de trabalho da área de tecnologia da informação no Brasil. A cidade também se destaca por prover uma remuneração superior à média salarial nacional. A constatação é de um levantamento da empresa de recursos humanos Kelly Services. 
O estudo, realizado entre os anos de 2010 e 2013, mostrou que a cidade registrou um crescimento na oferta de empregos nesse segmento três vezes maior do que a média de todas as profissões.
O estudo apontou que o município de São Paulo ocupava cerca de 90 mil profissionais de TI nos anos pesquisados. A expectativa da consultoria é que esse número salte para algo entre 130 mil e 150 mil até o final de 2015. “A profissão de Engenheiro de TI gerou 48% a mais de vagas no período. Gerente de TI cresceu 29% e Analista de TI 28%”, indica um relatório. 
O documento informa ainda que, em média os paulistanos que trabalham na área recebem um salário de R$ 83 mil, contra R$ 74 mil da média nacional. Os cargos com maior disparidade são: Gerente de TI, que no município ganham um salário médio de R$ 170 mil contra R$ 118 mil no resto do Brasil; e de Engenheiro de TI (R$ 158 mil contra R$ 110 mil). 
Já um Administrador de Sistemas que trabalha na capital paulista recebe, em média, R$ 13 mil a mais por ano do que no restante do País (R$ 79 mil contra R$ 66 mil). A posição com menor diferença é a de Analista de TI. De acordo com o levantamento, este profissional ganha R$ 72 mil por ano, enquanto a média nacional é de R$ 70 mil.
O estudo também mostra que o campo de atuação de TI é bastante amplo, pois identificou dezenas de segmentos que abrigam esses profissionais. A área de Desenvolvimento de Programas lidera a lista com 17%, seguida por Bancos/Finanças e Consultorias de TI. 
17 mil vagas abertas
O ano de 2015 começou repleto de oportunidades para quem quer trabalhar com tecnologia da informação. A Catho, site de recrutamento, atualmente contabiliza cerca de 17,3 mil vagas para profissionais de TI em aberto
A maior parte das ofertas ativas é para programadores (4,1 mil), seguido de analista de suporte (2,8 mil), analista de sistemas (643), técnico em informática (599) e analista de testes (294). 
Fonte: http://computerworld.com.br/