quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Uso indevido da internet pode levar à demissão por justa causa

Trocar ideias e fotos com os amigos no Facebook, ficar horas teclando em sites de bate papo e até mesmo dar umas espiadas em sites pornográficos, devem ficar atentas, já que a prática pode provocar uma demissão por justa causa e a perda dos direitos trabalhistas, como o seguro desemprego, aviso prévio e o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.

Na Justiça do Trabalho, o número de demissões por justa causa devido ao uso inadequado das ferramentas digitais no ambiente corporativo vem aumentando significativamente. Segundo o advogado trabalhista da IOB Folhamatic EBS, empresa do Grupo Sage, Glauco Marchezin, está é uma tendência que acompanha o índice de crescimento das ofertas no mercado de trabalho. "No Brasil, há mais gente trabalhando com carteira assinada. Muitos não têm experiência no trabalho formal, desconhecem a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT e o próprio contrato de trabalho. Por isso, acham normal ficar horas na internet da empresa resolvendo casos pessoais".
Para evitar esse tipo de problema, em muitas empresas, o uso da internet é controlado. Além disso, grande parte das empresas possui regras de condutas que regulamentam o uso da rede. Entretanto, não são poucos os empregados que acabam negligenciando essas informações. É com base no artigo 482 da CLT que todo empregador tem o direito de demitir o empregado por justa causa, caso este venha a cometer qualquer ato de indisciplina ou insubordinação: "Vale ressaltar que a desobediência a uma ordem específica, verbal ou escrita, constitui ato típico de insubordinação, de indisciplina. Entretanto, o uso constante da internet no ambiente de trabalho para questões pessoais é um tipo de falta considerado leve. Por isso, a maioria dos empregadores não demite por justa causa num primeiro momento. Sendo assim, aplicam advertências oral e por escrito, e até mesmo suspensão. Contudo, em caso de reincidência, a justa causa pode ser perfeitamente aplicada", orienta Glauco.
Na opinião do especialista do Grupo Sage, outro fato que pode contribuir para a justa causa é a redução da produtividade do empregado. "O funcionário que utiliza a internet do computador da empresa para questões pessoais está lesando o empregador que paga seu salário para que produza para a empresa. A situação piora ainda mais nos casos de acesso a sites pornográficos. Nesse caso, o empregador pode enquadrar o empregado em incontinência de conduta, que é um desvio de comportamento ligado à sexualidade".
FONTE: De León Comunicações





Mindset, o nosso maior inimigo ou um deles...


Os americanos adotam a terminologia "Mindset" para representar o modo dominante como vemos, compreendemos e julgamos as coisas à nossa volta, o que por sua vez norteia as nossas ações no dia a dia profissional, pessoal e também o mundo dos negócios. Este termo, numa tradução coloquial e livre, significa: modelo mental predominante, forma institucionalizada de enxergarmos as coisas ou também paradigma pessoal ou empresarial.
Entendo que outro grande desafio da maioria das empresas que buscam melhores resultados é também mudar o "mindset" existente, ou seja, apoiar as pessoas a pensarem de forma diferente e reverem aquilo que elas têm feito, facilitando o difícil caminho de pensar "fora da caixa" ou pelo menos cogitar ideias diferentes e que podem ajudar na superação de desafios, algo que acaba sendo abafado com o passar dos anos e convivência numa mesma profissão, atividade ou meio empresarial.
Uma forma clara de identificar o quanto um determinado "mindset" pode estar ajudando ou prejudicando um determinado negócio, é prestar muita atenção naquilo que as pessoas afirmam no dia a dia, o quanto elas defendem certas ideias no desenvolvimento de projetos, criação de produtos/soluções, resolução de problemas, estabelecimento de diretrizes ou até mesmo em reuniões cotidianas da empresa e o quanto tudo isto impacta em colaboração, sinergia, motivação e criatividade ou emperra, negativa e colabora para desconectar pessoas e impedir o desenvolvimento de relacionamentos profissionais sadios e produtivos.
Outro fator também bastante preocupante e que tem a ver com a máxima de princípios de liderança (influência e modelagem de comportamentos), é o quanto os líderes de uma empresa estão incentivando ou reforçando um determinado "mindset", fazendo isto principalmente através de suas orientações e afirmações ou, tristemente, da defesa intransigente de posicionamentos questionáveis. Líderes com um "mindset" negativo ou pessimista pode colocar um negócio, uma empresa e todo um time a perder, e diante disto não há estratégia, investimento ou recursos que possam reverter resultados ruins que são alimentados diariamente por um "mindset" negativo.
Ao refletir sobre este tema, eu chego a estar convicto de que o grande problema de muitos negócios atualmente não está na concorrência acirrada e muitas vezes desleal, na falta de capital ou investimento, nas estratégias adotadas, na gestão dos recursos disponíveis, na forma como as ações são executadas ou até mesmo sobre como uma equipe é gerida, hoje o grande problema das empresas é desafiar o "mindset" predominante, principalmente quando faz parte de um quadro patológico, o que em última instância dirige pessoas, mentes e corações.
Penso que neste assunto, todos os líderes de empresa e as equipes que fazem parte de um negócio precisam aprender a reaprender, precisam se esforçar a desconstruir paradigmas - muitas vezes criados e reforçados por eles mesmos, precisam adotar ações eficazes que ajudem todos a pensar diferente e com isto encontrar novos e melhores caminhos e soluções além daquelas que o "mindset" predominante diz ser possível.
Existem inúmeras perdas que podem ser citadas quando a empresa e seus líderes estão tomados por uma forma de pensar e agir inadequada, entre elas, gostaria de ressaltar: a perda de talentos, a disseminação de uma cultura de medo e cinismo, o bloqueio da criatividade, o aumento do estresse e a pressão no desenvolvimento de atividades corriqueiras e principalmente a falta de confiança.
Os maiores inimigos de um negócio não estão fora dos muros da empresa, os maiores inimigos estão dentro da própria empresa, o que podemos chamar de "inimigos internos" que nascem, crescem e se alimentam dia a dia do "mindset" predominante, que quando negativo, impede o crescimento de negócios, mata sonhos e destrói projetos. 

Como cita o escritor e consultor Roberto Shinyashiki: Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores. Desafie o "mindset" predominante do seu negócio e você vai ser surpreendido com os resultados positivos!


Fonte: rh.com.br