Na roça, a mãe vivia recomendando à filha, já mocinha, para tomar todo cuidado com aquilo que ela já tinha no meio das pernas:
- Isso ai, minha filha, é um passarinho.
Se fugir, bau-bau! Num vorta nunca mais...
E a moça vivia assustada. Andava com a mão em cima da periquita, com medo de o passarinho fugir.
Até que um dia encontra um matuto que fala:
- Ô, diacho? Arre! Pois então, uma moçona assim andando com a mão ai nesse lugar. Que passa, tá doendo?
- Não. É que tem um passarinho aqui e eu preciso cuidá, para ele não fugir.
- Largue mão, sô! Olhe, eu também tenho um passarinho aqui. Vamo até ali, botá eles pra brigá.
E o caboclo tanto insiste que a mocinha aceita o desafio. Depois, chega em casa toda alegrinha. A mãe estranha:
- Arre, menina! Que contentamento! Ocê não deixou o passarinho fugir, não é?
- Olhe, mãe! Meu passarinho é valente!
Brigou tão bem com o passarinho do moço, que engoliu a cabeça e o pescoço. Só deixou o papo pra fora!!....
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